Venda de imóveis reage e cresce 70% em Goiás
Além da
melhora na economia, desempenho foi resultado de queda de 25% no número de
quebras de contrato
O
mercado imobiliário de Goiás mostra que está conseguindo deixar a crise para
trás. Nos quatro primeiros meses deste ano, a média mensal de venda líquida
(vendas totais menos os distratos de contratos) ficou em R$ 155 milhões, um
crescimento de 70% sobre os R$ 91 milhões vendidos mensalmente no mesmo período
do ano passado. Além da melhora na economia, o desempenho foi resultado de uma
queda de 25% no número de quebras de contrato, que são um legado negativo da
crise econômica.
Os
números são de uma pesquisa divulgada pela Associação das Empresas do Mercado
Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), que mostrou forte queda no número de unidades
lançadas entre 2015 e 2017, o que resultou na redução gradativa do estoque das
incorporadoras. O levantamento, feito pelo Grupom Consultoria e Pesquisa,
mostrou que, ao contrário de outras praças, Goiânia teve até um pequeno aumento
de 3% no preço médio do metro quadrado.
O analista de mercado da Grupom,
Anderson Gonçalves, lembrou que o estoque registrado no último mês de abril, de
10.531 unidades, levaria 36 meses para ser zerado, caso nenhuma unidade a mais
fosse lançada. Em dezembro de 2016, esse tempo era de 48 meses, o que indica a
boa velocidade atual de vendas. Fernando Razuk, diretor de Incorporação,
Pesquisa e Estatística da Ademi, explica que a queda do número de lançamentos
mostra que o empresário ficou mais cauteloso e equilibrou o mercado. “A redução
do estoque abre espaço para uma valorização maior. O pior momento foi no ano
passado. Agora, já conseguimos respirar”.
O
gerente do Grupo Empresarial do Eldorado Parque (CMO Construtora, Dinâmica
Engenharia, Engel Engenharia e Tropical Urbanismo), Rodrigo Avelar, informa que
teve um aumento de 70% no número de vendas neste primeiro quadrimestre em
relação ao mesmo período de 2016. Segundo ele, facilidades no financiamento,
campanhas de venda e aumento do número de unidades prontas para morar
contribuíram para a alta. “O processo de financiamento está mais rápido, menos
burocrático. Construtoras têm agido em parceria com instituições bancárias para
agilizar tudo”.
Para
o presidente eleito da Ademi-GO, Roberto Elias, com a inflação e os juros
caindo, a expectativa é que os compradores voltem a investir cada vez mais. No
ano passado, no auge da crise, os bancos se retraíram e restringiram o crédito,
o que afetou o desempenho das vendas e resultou no aumento dos distratos.
Segundo ele, o distrato prejudica a saúde financeira das empresas - deixando o
negócio menos sustentável - e os demais compradores, que estão pagando suas
prestações.
O presidente da Ademi, Renato de Sousa Correia, acredita que os atuais compradores estejam mais seguros do investimento que farão, pois a crise gerou uma demanda reprimida. A corretora autônoma Dariane Souza comprou o sonhado apartamento no último mês de março e financiou R$ 142 mil. “Foi muito mais rápido do que eu pensava. Com pouco mais de 15 dias, já assinei o contrato. ”
Fonte: Portal O Popular - 30/06/2017 21:00 - Link: https://goo.gl/nasifX