Síndicos(as): você e seu condomínio precisam deles(as)
Mesmo não agradando algumas
vezes, ter aquela pessoa que represente a coletividade de um conjunto
residencial, seja ele horizontal ou vertical, é fundamental para uma convivência
saudável e justa entre os condôminos
Só o último
Censo do IBGE, datado de 2010, contabilizou a existência de mais de sete
milhões de condomínios residenciais verticais ou horizontais no País, que
abrigariam mais de 20 milhões de pessoas. Com certeza, devido ao boom imobiliário que o país viveu nos últimos anos, esse
contingente formado pelos mais variados tipos de famílias, que são obrigadas a
conviver da melhor maneira possível, deve ser ainda maior nos dias de hoje.
Mas infelizmente, uma boa vizinhança não depende somente de nossa
boa vontade em manter um bom relacionamento interpessoal com quem mora
perto da gente. É preciso que haja sempre aquela figura de um mediador, um
conciliador, que tenha a confiança da grande maioria e a disposição para
trabalhar e administrar interesses individuais em nome do bem comum. Essa
pessoa, que deve reunir esses e outros atributos, nada mais é do que o síndico.
Com o
objetivo de fortalecer e subsidiar da melhor maneira possível é que o Grupo Eldorado Parque
realizou no final do mês passado a primeira reunião dos síndicos representantes
dos mais de 479 moradores do Eldorado Parque, um amplo complexo residencial localizado no Parque Oeste Industrial, em
Goiânia, composto por quatro empreendimentos já entregues: De La Flor, Harmonia, Villa Lobos e Ibirapuera. O projeto
habitacional das construtoras CMO, Dinâmica Engenharia, Engel e Tropical
Urbanismo, quando concluído irá abrigar um total de 1.048 famílias.
O
coordenador de estandes da Dinâmica Engenharia, Rodrigo Avelar, conta que o
intuito da reunião foi o de confraternizar com esses síndicos e estreitar
relação com as construtoras responsáveis pelo empreendimento. “Isso facilita o
entendimento entre eles. Além disso, o diálogo estreito também com as
construtoras é sempre positivo para ambos os lados. Desse modo eles nos
apresentam projetos que visem a melhoria dos empreendimentos no que for
possível, desde o início do uso das tecnologias implementadas na obra, até o
planejamento de eventos como feirinhas dentro do condomínio ”, esclarece.
O
administrador Rodolfo de Oliveira, 28 anos, do Residencial Harmonia, vive a
experiência de ser síndico pela primeira vez e acredita que sua principal
missão será a de conciliador. “Acho que nosso papel é muito importante,
principalmente para aqueles que não têm muito conhecimento quanto a convivência
em condomínios
verticais, tanto para os deveres quanto seus
direitos. Lidar com o patrimônio de terceiros é sempre delicado, sendo assim
todo cuidado e zelo é pouco. Além disso, temos o papel de conciliador de
conflitos e principalmente o de administrador, onde analisando vários pontos de
vista definimos um consenso do melhor para todos com mais sensibilidade”,
explica.
A importância do síndico é tanta, que a legislação atual permite até mesmo que uma pessoa jurídica, independentemente de ser moradora, possa exercer a função, mas, ao mesmo tempo, a lei não abre mão de sua existência com o representante legal do condomínio. Hoje existem serviços de síndico terceirizado.
De acordo
com o Código Civil, Art. 1.348. as competência do síndico são:
·
Convocar a
assembleia dos condôminos;
·
Representar,
ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa
dos interesses comuns;
· Dar
imediato conhecimento à assembleia da existência de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do condomínio;
·
Cumprir e
fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da
assembleia;
·
Diligenciar
a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços
que interessem aos possuidores;
·
Elaborar o
orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano;
·
Cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor
e cobrar as multas devidas;
·
Prestar
contas à assembleia, anualmente e quando exigidas;
·
Realizar o
seguro da edificação.
Por Hugo Oliveira, da Comunicação Sem Fronteiras