Número de imóveis vendidos na Grande Goiânia aumenta 46% no primeiro semestre de 2018
Crescimento está acima da média
nacional, que foi de 17%. Além disso, houve um aumento no valor gerado pelo
mercado se comparado os primeiros seis meses de 2017 com este ano.
O número de imóveis vendidos na
Grande Goiânia cresceu 46% no primeiro semestre de 2018 em comparação com o
mesmo período do ano anterior segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira
(15) pela Associação de empresas do Mercado Imobiliário (Ademi). O número
releva um crescimento acima da média nacional. Além disso, o preço médio dos
imóveis se manteve estável. Para a entidade, esse é o melhor momento para se
comprar a casa própria.
Os dados divulgados mostraram que
o número de unidades vendidas passou de 2.568 nos primeiros seis meses de 2017
para 3.753 este ano. A taxa nacional foi de um aumento de 17%, menos da metade
registrada na capital e Aparecida de Goiânia.
“Em Goiânia, o que está liderando
são imóveis de R$ 190 mil R$ 400 mil. Um dos motivos desse crescimento é que o
agronegócio vem crescendo acima dos outros setores e o estado de Goiás, em
especial as regiões ao redor de Goiânia, acabam trazendo essa renda do agronegócio
e isso ajuda a acelerar o processo de recuperação de vendas”, explicou Fábio
Tadeu Araújo, responsável pela pesquisa.
Além disso, o Valor Global de
Vendas (VGV) no primeiro semestre também cresceu. No ano passado, o mercado
gerou R$ 598 milhões, enquanto no mesmo período de 2018 o valor passou para R$
775 milhões.
Segundo o especialista no setor,
o preço médio dos imóveis sempre aumentou desde 2014, quando a pesquisa começou
a ser feita. Porém, houve uma estabilização do ano passado para cá.
“Isso é algo que acontece na primeira fase de retomada do crescimento de vendas. Porém, na segunda fase, além do aumento de vendas, aumenta-se o valor”, prevê Araújo.
Ademi prevê crescimento no setor de imóveis em Goiânia (Foto: Vitor Santana/G1)
Perspectivas
O presidente da Ademi, Roberto
Elias, acredita que, assim como o primeiro semestre foi positivo para o setor,
o restante do ano será também de crescimento.
“O juro está muito baixo para
comprar imóvel, a inflação está boa, então o momento para comprar imóvel é
muito bom, está em alta. Com as eleições, a economia do Brasil pode reagir e é
a hora do valor do imóvel subir. Então esse é o momento de transição de se
fazer bons negócios. Mas é preciso ter o cuidado para não se endividar”,
explicou.
O presidente explicou ainda que ainda devem ser lançados até 12 novos empreendimentos até o fim deste ano. Com isso, a expectativa é ter um crescimento de 10% no número de vendas em relação à primeira metade do ano.