Meu vizinho, meu amigo
Sugestões básicas como conhecer o regulamento interno e evitar o barulho excessivo são essenciais para garantir a boa relação entre os moradores de um residencial. Neste dia do vizinho (23), conheça algumas dicas valiosas para evitar problemas no seu condomínio
A boa convivência entre os moradores de condomínios é um dos requisitos essenciais para manter a paz e uma boa qualidade de vida. Assegurar esse bom relacionamento é tão importante que ganhou um dia de comemoração no Brasil: o 23 de dezembro. Apesar de não ter uma justificativa concreta sobre o porquê da escolha da data, o dia homenageia as iniciativas e as ações de moradores que buscam a paz entre os vizinhos de uma rua ou de um prédio.
Para o síndico do Eldorado Parque Anhembi, Agnaldo Nunes, o bom relacionamento entre os vizinhos não deve ficar restrito a apenas uma data. "A boa convivência entre os moradores de um condomínio só é consolidada quando os moradores começam a participar e a vivenciar os momentos preparados para a confraternização daqueles que vivem no prédio, como as festas desenvolvidas pelos próprios moradores", detalha Agnaldo.
Para ele, a partir do momento em que os moradores começam a desenvolver amizades e a conhecer os seus vizinhos, fica mais fácil estabelecer o respeito. Para ajudar a garantir a tranquilidade entre os moradores, listamos algumas dicas para manter a boa convivência dentro de um residencial.
Conheça o regulamento interno
É o primeiro e o mais essencial passo para se manter o bom relacionamento entre os moradores. Todos que vivem em um condomínio devem conhecer as regras e o regulamento interno do local. Neste documento está expresso o conjunto de normas que deve ser seguido pelos condôminos, como o horário de uso de espaços coletivos, regras de segurança, horários de mudança e de obras no apartamento, entre outras.
Com um regulamento interno completo e claro, as desavenças entre os vizinhos diminuem. Além disso, o documento é responsável por definir os procedimentos internos, a forma de trabalhar dos funcionários e determina as penalidades para aqueles que não respeitam as normas do condomínio.
Participe das assembleias
Muitos condôminos não gostam de frequentar assembleias, mas a participação nessas reuniões é importante. Isso porque dá transparência aos processos dos condomínios e garante que as demandas dos moradores sejam ouvidas. Ao participar das assembleias, os moradores ficam cientes das decisões e as chances de acontecer algum desentendimento acabam sendo reduzidas.
A participação nas assembleias não se trata de um convite, mas um dos deveres do condômino, pois a reunião é um momento de se discutir posicionamentos e opiniões. Se em um residencial apenas uma minoria decide por grandes mudanças, a decisão também terá impacto sobre a maioria, que deverá conviver com o que foi definido sem ter a demanda ouvida pelos demais.
Cuide dos pets
Um dos pontos que mais geram discórdias entre os vizinhos é justamente os animais de estimação. Considerados por muitos como membros da família, os pets podem ser o motivo de desavenças entre os moradores. "Uma das mudanças mais recentes que tivemos no regulamento interno foi justamente o momento do trânsito com os animais do apartamento até a rua. Antes só podia levar os bichinhos no colo, mas há alguns de grande porte. Agora pode levar o animal com a coleira, mas é necessário limpar as sujeiras que o animal fizer no deslocamento", destaca Agnaldo.
Latidos de madrugada, odores e até ataques inesperados são outras situações que frequentemente envolvem animais domésticos e resultam em desentendimentos entre vizinhos. Para evitar esses problemas, a dica é que os moradores escolham raças de cães mais adequadas para apartamentos, como Pug, Shih Tzu, Lhasa Apso e Buldogues, além de se alertar para a higienização dos espaços onde ficam os pets.
Evite o barulho
O que a maioria das pessoas querem depois de um dia cheio de trabalho ou estudos é chegar em casa e descansar. Barulhos ou ruídos altos tarde da noite são suficientes para incomodar os vizinhos. Para evitar esse problema, muitos condomínios já deixam um horário definido para que festas, conversas e som alto sejam evitados, geralmente às 22 horas. "Mesmo na intimidade do lar, é preciso lembrar que existem outras pessoas logo do lado. O respeito é a premissa de uma boa convivência", garante o síndico.
Pratique a paciência
Desrespeitar qualquer uma das dicas acima pode ser o estopim para grandes desavenças entre os moradores. Porém, na maioria das situações, o vizinho pode fazer isso sem a intenção de prejudicar a coletividade. Portanto, é importante não explodir no primeiro incômodo e procurar o morador para conversar amigavelmente. Caso o problema persista e não seja mais possível resolver diretamente com o vizinho, pode-se buscar o auxílio do síndico.
Porém, não são todas as situações exigem a intervenção do síndico. O fato de o ruído incomodar apenas um morador dentro do condomínio pode ser um sinal de que o barulho não seja tão alto e não está incomodando a coletividade.
Da Comunicação Sem Fronteiras, por Lorena Lázaro