Confira dicas para evitar o mau cheiro causado pelas necessidades dos pets
Ter a companhia de animais em casa é
algo muito apreciado pelos brasileiros. Segundo pesquisa de uma consultoria
internacional 76% das famílias no País têm apenas um pet em casa. Mas cuidar
deles requer carinho e atenção, especialmente com saúde e higiene
Por Hugo Oliveira, da Comunicação Sem Fronteiras
Um estudo feito pela GfK, empresa internacional especializada em
pesquisas de mercado, revela que 76% das famílias brasileiras têm, pelo menos,
um animal de estimação. A estimativa feita pelo IBGE em 2013 para a Pesquisa
Nacional de Saúde aponta que a população de pets (entre cães, gatos, aves,
peixes e outros) seria superior a 132 milhões de animais. Cães, gatos e aves
são os preferidos, representando 85% da população pet no Brasil.
Os dados revelam o quanto nós brasileiros literalmente estimamos esses seres
que nos fazem companhia e alegram a casa. Mas ter um animal de estimação em
casa requer carinho e muita atenção, em especial com aspectos ligados a saúde e
a higiene, para que a convivência seja harmoniosa. Quando o habitat é um
apartamento, com menos espaço ao ar livre, os odores gerados por fezes e urinas
desses animais se intensificaram, resultando em desconforto para a família e
até vizinhos.
A veterinária Raissa Prado apresenta algumas dicas, para donos de cães e
gatos, que são os mais adotados pela população brasileira. Ela explica que
animais que sejam idosos ou estejam com determinadas doenças podem ter esses
odores intensificados. Uma das medidas que podem ser usada é a utilização de
produtos de limpeza para uso veterinário. “Existem produtos específicos
para amenizar esses odores e ao mesmo tempo eliminar bactérias provenientes das
fezes e urinas. Um deles é um desinfetante concentrado, em que 5 ml tem que ser
diluídos em 20 litros de água. Tem potencial para neutralizar o odor e promover
a limpeza do ambiente”, explica.
“Pode” e “Não pode”
Segundo a médica veterinária, existem também produtos apelidados de
“pode” e “não pode” que auxiliam com que cães e gatos façam suas necessidades
em lugares estabelecidos pelo dono. “É uma espécie de substância líquida que
pode ser gotejada em locais estratégicos da residência para estimular que o animal
a fazer suas necessidades no local escolhido pelo tutor. Alguns produtos
possuem feromônios, substâncias secretadas por animais que são reconhecidas por
outros da mesma espécie na comunicação e no reconhecimento. Com isso, o animal
vai se sentir atraído ou repelido em relação ao local da aplicação”.
Se a pessoa já tem um animal em casa e prepara a vinda de um outro da
mesma espécie, como cães, por exemplo, o treinamento com o recém-chegado pode
ficar mais fácil. “O novato tende a seguir o costume do mais antigo da casa. Os
odores irão atraí-lo e estimulá-lo a fazer as necessidades no mesmo local”.
No caso dos cães, uma outra dica é passear com o pet de duas a três
vezes por dia, de forma a evitar que ele faça as necessidades no apartamento.
“Isso contribui para um ambiente residencial mais limpo e com menos odor.
Quando não for possível manter essa rotina, o tutor pode utilizar tapetes
higiênicos, que agem como uma fralda e que são equipados com neutralizadores de
odor para amenizar o problema. São uma opção melhor que os jornais, que possuem
baixa taxa de absorção e, em contato com a urina, podem manchar o piso da
residência”.
Felinos
De acordo com Raissa, gatos são animais higiênicos, portanto, é mais
difícil que eles exalem odores mais fortes do que aqueles produzidos por cães.
Por outro lado, a urina e as fezes dos felinos propagam um mau cheiro que nem
os próprios animais toleram. “Gatos se limpam com frequência. As fezes e urina
são os maiores problemas. Então, quem mora em ambientes mais fechados, como
apartamentos, deve possuir pelo menos duas caixas de areia para cada animal.
Outra coisa importante é limpar a caixa de areia diariamente”.
Além de ser um costume higiênico e capaz prevenir que o mau cheiro se
alastre por toda a residência, a limpeza das caixinhas de areia é
imprescindível para que o animal continue utilizando o recipiente. “Gatos são
extremamente higiênicos, se lambem para garantir isso o tempo inteiro. Então
eles evitam fazer as necessidades em caixinhas que estão muito sujas. Se isso
ocorrer, ele pode procurar outro local para realizar a tarefa. Então, para
evitar que ele faça no sofá, na cama e nos tapetes, por exemplo, deve-se manter
a caixinha sempre limpa”.
Segundo a veterinária, há vários tipos de areia capazes de absorver as
necessidades fisiológicas. “São areias específicas, com desodorizador. Outras,
mais elaboradas, se tornam mais sólidas ao entrar em contato com o excremento,
o que facilita a coleta e ainda ajudam na economia da areia”.
Privacidade
O local escolhido para servir de “banheiro dos pets”, explica a
veterinária, deve ser um espaço mais privativo. “Animais também gostam de
privacidade nesse momento, locais mais reservados os deixam mais confortáveis,
o que pode facilitar a adaptação deles ao ambiente escolhido pelo tutor”.
Segundo ela, a adaptação pode levar de uma semana até três meses. “Vai depender
muito da personalidade do animal. Alguns precisam de adestramento, mas a
própria família pode incentivar o animal fazendo um agrado com alimento quando
ele acerta”, orienta.