Em plena pandemia, corretores de imóveis recebem prêmio por bater meta de vendas
Eles ganharam dois veículos. Baixa taxa de juros, carência para iniciar pagamento e diferenciais do complexo planejado também contribuíram para os resultados. Uso das estratégias digitais contribuíram para manter o mercado aquecido
Segundo estimativas da plataforma online de soluções de crédito para compradores e proprietários de imóveis, a Credihome, cerca de 4 milhões de consumidores podem ser inseridos no mercado imobiliário a cada queda de 0,5 ponto percentual na taxa Selic. Por isso, as constantes quedas da taxa básica de juros, que chegou a 3% no Brasil, e a carência de seis meses para início do pagamento dos financiamento habitacional na Caixa Econômica Federal (CEF), principal agente da casa própria no País, têm estimulado o setor imobiliário a manter o ritmo de vendas, mesmo com a pandemia.
“Se fizermos uma comparação de estimativas de valores com o ano passado, um financiamento de um imóvel de R$ 100 mil teria a parcela em torno de R$ 1.250. Com as taxas de juros atuais, um imóvel no mesmo valor terá parcelas em torno de R$ 800. Portanto, mais famílias passam a ter mais condições de comprar o imóvel”, explica o sócio-diretor da Adão Vida Nova, Manoel Lessa, que tem percebido na prática o efeito dessa queda.
Ele participa da comercialização de um empreendimento que tem conseguido alavancar vendas em Goiânia, o Eldorado Parque, complexo residencial planejado que está sendo implantado na região Sudoeste da cidade. Voltado à primeira moradia, muitas unidades são enquadradas no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Em maio, o volume de vendas atingiu o mesmo patamar dos dois primeiros meses de 2020, momento anterior à pandemia.
Além disso, o último lançamento do complexo, o Residencial Iguaçu, atingiu a meta de comercializar 100 apartamentos entre dezembro e fevereiro, quando a taxa de juros já estava em declínio. Em reconhecimento à equipe, dois veículos Renault Kwid foram sorteados pelo grupo empreendedor do Eldorado Parque.
O diretor comercial da Adão Imóveis, Luziano Machado, que também participa das vendas com sua equipe, lembra que, com a diminuição dos juros, o valor da prestação pode sair mais em conta do que aluguel. “Na região, um aluguel varia entre R$ 800 e R$ 1 mil, enquanto as parcelas de um apartamento no complexo residencial podem sair abaixo de R$ 800 pelo programa Minha Casa Minha Vida, dependendo da idade e a renda do comprador”, compara.
Os compradores do Eldorado Parque são, majoritariamente, jovens casais e recém-casados, com idades entre 25 e 40 anos, que estão aproveitando também a carência de seis meses para o início do pagamento do financiamento. “O público-alvo do Eldorado Parque é aquele que se prepara para fazer o investimento e, com esse cenário, viu as condições propícias para comprar o imóvel”, avalia.
Novo normal
Segundo o incorporador e sócio-proprietário da Tropical Urbanismo, Paulo Roberto da Costa, outro fator que ajudou foi a digitalização do processo de compra de imóveis. “Antes da pandemia, ainda no mês de março, as vendas digitais representavam 28% das nossas comercializações. Em maio, já alcançaram 50%, o que deve ser mantido como uma tendência do mercado motivada pela crise da pandemia”, ressalta o gerente de estandes do Eldorado Parque, Rodrigo Avelar. “Com isso, conseguimos manter nossas metas de vendas já previstas no início do ano, antes da crise da Covid-19”, completa.
Inclusive, a própria premiação dos corretores de imóveis pelo atingimento de meta do Residencial Iguaçu foi realizado através de uma live com a participação de mais de 100 corretores que finalizaram as vendas de imóveis entre dezembro de 2019 e fevereiro deste ano. Também participaram do evento os incorporadores do complexo residencial.
Uma das contempladas com a premiação foi a corretora de imóveis Isabella Ferreira, que atua no complexo residencial Eldorado Parque há cinco meses. “Era um bem que eu estava precisando para me auxiliar no trabalho, mas eu não tinha condições de comprar neste momento. Ganhar um automóvel, quando eu não esperava, me deixa ainda mais motivada”, comemora. A corretora exerce a função há cinco anos e, recentemente, voltou da Bélgica para atuar diretamente nas vendas do complexo residencial.
Outro vencedor do automóvel, um Renault Kwid, foram os corretores Leonardo Nunes e Robson Soares, que venderam entre dezembro e fevereiro sete imóveis, sendo duas em conjunto. Leonardo afirma que o prêmio será dividido igualmente entre os dois. “Eu vou aproveitar a minha parte para realizar o meu sonho da casa próprio, que batalho a tanto tempo para conseguir”, comemora o corretor de imóveis.
Segundo o sócio-diretor da Urbs Imobiliária, Juliano Junqueira, a premiação dos corretores parceiros também justifica o sucesso de vendas das unidades do complexo residencial, mesmo em período de pandemia. “Presentear os corretores de imóveis, que se dedicam em realizar o sonho de muitos goianienses em ter a casa própria, já é uma prática recorrente do grupo empreendedor. Isso acaba motivando para que os profissionais reconheçam o esforço do grupo e se motivem ainda mais”, detalha Junqueira.
Além da motivação dos corretores, o diretor comercial da Vincer, Thiago Augustus, também destaca que o Eldorado Parque reúne bons fatores que determinam a opção de compra do cliente, como a presença de um batalhão da polícia militar e a construção de um parque pela prefeitura na região. “As pessoas percebem que a região está se consolidando e se desenvolvendo. Além disso, a construção do complexo residencial é liderada por quatro grandes incorporadoras que dão mais força e credibilidade para o Eldorado Parque”, detalha Augustus.
O complexo Eldorado Parque está sendo desenvolvido pelo grupo empreendedor formado por CMO Construtora, Dinâmica Engenharia, Engel Engenharia e Tropical Urbanismo e Incorporação para trazer desenvolvimento planejado à região, que no passado foi um vazio urbano fruto de ocupação irregular. Terá 25 residenciais, das quais seis já estão prontas e outras duas estão em fase de lançamento e obras.
Da Comunicação Sem Fronteiras, por Luiz Fernando