Com os devidos cuidados, apartamentos também são “bons pra cachorro”
Contar com um bichinho de estimação que alegre o cotidiano é sempre bom,
mas ter um animal de estimação requer muita responsabilidade e cuidados que
precisam ser tomados desde a escolha da raça do cão que irá fazer parte da
família.
Apesar da saudável troca de afeto entre pessoas
e animais domésticos, ter um bicho de estimação requer muita responsabilidade e
cuidados que precisam ser tomados já na hora da escolha do pet, principalmente
se você mora num apartamento.
Cães são de longe os prediletos das famílias
brasileiras, afinal existem mais de 52 milhões de cachorros vivendo em
domicílios no País, número maior do que o de crianças, segundo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ouvimos a médica veterinária
Vanessa Coelho sobre dicas importantes que podem ajudar na hora de escolher a
raça mais adequada. A
veterinária orienta que uma pesquisa prévia sobre os hábitos e características
físicas do animal é sempre primordial, mas adianta que raças de cães de pequeno
porte e de comportamento tranquilo são mais adequadas a apartamentos. “Cães de raças como Shih-tzu, Yorkshire e
Maltês, entre outras, se adaptam bem, e por isso são uma boa indicação”,
conta.
Outra dica da veterinária é sobre os pelos. “Ao contrário do que as pessoas imaginam, as
raças mais peludas têm uma tendência menor à queda de pelos”, esclarece.
Outra questão a ser observada é o latido. “Procure
raças de cães com tendência a vocalizar menos”, afirma.
Passeio
Para condomínios, Vanessa aconselha dar
preferência às raças de cães com perfil mais dócil e que não estranhem muito
pessoas desconhecidas, isso porque eles acabam, vez por outra, circulando com
algum vizinho na área comum do residencial. A especialista ainda explica
que, mesmo com a capacidade de adaptação dos cachorros, os tutores precisam
garantir alguns cuidados para maior qualidade de vida dos animais. “É importante que o dono leve o cãozinho para
passear fora do apartamento pelo menos uma vez ao dia. É nesse momento que
geralmente o bichinho vai fazer as necessidades fisiológicas e também gastar um
pouco mais de energia”, diz.
Outra dica que a veterinária dá para os tutores
é a de sempre manter um tapete higiênico ou um sanitário próprio para cães num
cantinho do apartamento. Aliás, a higiene é um aspecto que merece sempre muita
atenção principalmente nos espaços coletivos e áreas comuns dos prédios.
“Ao sair
com o cachorro para passear, leve também um saco plástico para recolher as
fezes dos animais. Outro cuidado importante é o de não deixar o cachorro solto
sozinho dentro do condomínio, isso porque é um local com grande circulação de
pessoas e até de animais de outros moradores”, lembra a médica veterinária.
Especial
Morador de apartamento a pelo menos sete anos, o
cão Kiko, da raça Basset, possui uma condição especial: enquanto brincava
sozinho no apartamento do corretor imobiliário Robson Soares, ele fraturou a
coluna e hoje se locomove apenas com as patas dianteiras.
Vivendo atualmente no residencial De La Flor, no
Eldorado Parque, Robson, que investiu mais de R$ 13 mil na recuperação do
amigo, teve que fazer algumas adaptações no apartamento para dar mais qualidade
de vida ao animal. “Coloquei tapetes para
que ele possa ter mais conforto térmico para dormir, já que não consegue subir
direito na caminha, e instalei mini portões para assegurar nas portas dos
quartos para assegurar que ele não se machuque nos gradios do apartamento”.
No entanto, o cotidiano da dupla é facilitado
por características do próprio residencial, segundo o corretor: “Apesar da deficiência física, Kiko pode
passear com uma cadeira de rodas adaptada. Gostamos de passear pelas calçadas
do entorno do condomínio, já que são niveladas e tem rampas de acesso. Sem
isso, o passeio seria impossível. Outra facilidade é que o piso dos
apartamentos é muito liso, o que facilita a locomoção dele sem a cadeira de
rodas”.