Brincadeira segura tem hora e lugar
Mesmo um ambiente cercado de segurança, como o dos
condomínios do Eldorado Parque, não dispensa cuidados e o respeito a algumas
regras necessárias.
Muitas famílias escolhem morar em
empreendimentos como o Eldorado Parque, que oferece várias opções de lazer,
justamente pela possibilidade de proporcionar recreação com segurança aos
filhos e interatividade com outras crianças de idade semelhante. No entanto,
mesmo um ambiente seguro não dispensa cuidados e o respeito a algumas regras
necessárias.
As crianças precisam sim ser
livres para brincar, mas no limite da segurança e da boa convivência com os
vizinhos. A professora do curso de
Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), a psicóloga
Ilma Goulart de Souza Britto, defende que a responsabilidade dos pais não pode
ser “delegada”, principalmente para os com idade mais jovem. “O que os pais
devem observar é que todo ambiente oferece risco. Geralmente, ele depende do
brinquedo e da idade da criança”, alerta.
A profissional esclarece que, mesmo para a crianças maiores, é preciso supervisão e os pais precisam orientar bem os filhos sobre como usar os espaços comuns. “A criança deve aprender os limites de convivência na família e também na escola”, orienta. Para os adolescentes que ficam livres, os perigos podem ser outros. Dados de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 2016, revelam que 55% dos adolescentes do último ano do ensino fundamental já experimentaram bebida alcoólica. “Já ouvi relatos que os pais deixaram o filho conviver com grupos de outros jovens e houve reuniões com a presença de bebidas, fizeram vídeos íntimos e isto extrapolou para a escola”, conta Ilma.
Por esses e outros motivos, nos
condomínios do Complexo Residencial Eldorado Parque a brincadeira ocorre todos
os dias, mas tem hora e locais certos para isso. É o que ocorre, por exemplo,
no Condomínio De La Flor que libera a diversão na área de lazer no horário das
8 às 22 horas, e nos espaços preparados para tal, como quadra poliesportiva,
sala de jogos, brinquedoteca e playground. A síndica do residencial, Ana Flavia
Sales Brandão, afirma que é proibido brincar no estacionamento, isso para
segurança dos próprios meninos e meninas, e também nos halls de entrada.
Ela diz ainda que a desobediência
às regras está sujeita a aplicação de multas conforme previsto no regimento
interno. Outro ponto para o qual a síndica chama a atenção é a exigência da
presença de um adulto na piscina quando uma criança estiver por lá. “Nos outros
espaços pedimos sempre a supervisão dos pais e responsáveis. Crianças devem
brincar e se divertir, mas sempre há risco pois eles não respondem por si só, e
o certo é que sejam acompanhadas, o próprio Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) fala que eles precisam ser assistidos, e por morar em
condomínio alguns pais acham que não é necessário”, orienta.
No De La Flor, explica Flávia,
bicicletas, patins e outros brinquedos que danifiquem as partes, halls e
elevadores não são aceitos. No condomínio há redutor de velocidade, e placas
serão providenciadas de acordo com a síndica, mas é necessário que todos
entendam que a responsabilidade é dos pais em zelar pelos filhos.
Da Comunicação Sem Fronteiras, por Deivid Souza